Zygmunt Bauman - Vida Líquida - Lao Tse

... "Flutuando como a água ... você vai em frente com rapidez, jamais enfrentando a corrente nem parando o suficiente para ficar estagnado ou se grudar às margens ou às rochas - propriedades, situações ou pessoas que passam por sua vida - , nem mesmo tentando agarrar-se a suas opiniões ou visões de mundo, apenas se ligando ligeiramente, mas com inteligencia, a qualquer coisa que se apresente enquanto você passa e depois deixando-a ir embora graciosamente sem apegar-se"...

é assim que me despeço das aulas...

Mídia e Poder - Considerações finais

Na verdade não acaba, e sim reinicia...

Uma satisfação digamos que "fluídica" norteia este meu momento o qual finalizo as aulas do semestre com a sensação de que esta etapa fluiu porém, uma outra agora está por vir a inquietação pelos questionamentos levantados estão a flor da pele e a cada novo tema surge uma nova pergunta e assim sucessivamente.

Esta é uma disciplina abrangente e inquietante na busca de respostas, penso que daí se dá a importancia de te-la na grade, pois com a velocidade das informações que temos dia-a-dia é importante saber discernir e filtrar o que é relevante e o que é descartável.

Os trabalhos desenvolvidos em sala, como o estudo de caso sobre a transição da mídia impressa para a web, a apresentação do livro 1984 foram, pra mim, ríquissimos. Além dos demais grupos e temas.

Anterior a esta disciplina havia estudado com Prof. Dr. Claudio Coelho - Comunicação e Globalização - foi uma boa escolha pois uma é complemento da outra. Além do que as aulas despertaram o interesse em ampliar a minha linha de pesquisa para monografia. Por esta razão digo que não termina mas reinicia-se um novo momento de argumentos em cima dos argumentos já existentes, de questões respondidas mas com novos questionamentos sobre essas respostas... enfim...

Obrigada, o repertório foi ampliado e as idéias fluiram....

Vida Líquida

estou lendo "Vida Líquida" de Zygmunt Bauman e gostaria de transcrever aqui um trecho em continuação ao post anterior:

..."A vida líquida é uma sucessão de reinícios"...

"A vida numa sociedade líquido-moderna não pode ficar parada. Deve-se modernizar-se (leia-se: ir em pfrente despindo-se a cada dia dos atributos que ultrapassaram a data de vencimento e desmatelamento, repelindo as identidades que atualmente estão sendo montadas e assumidas) ou perecer."

O poder midiático

Ignacio Ramonet - sobre o poder midiático:

" O primeiro poder é o poder econômico e financeiro. E o segundo é o poder midiático. Porque o sistema midiático, da maneira como o defino, é o aparato ideológico da globalização. É o sistema que, em certa medida, constitui o modo de inscrever, no disco rígido de nosso cérebro, o programa para que aceitemos a globalização. Esse sistema ideológico, esse aparato ideológico global, é o aparato midiático em seu conjunto. Quer dizer, o que a imprensa diz a televisão repete, a rádio repete, e não apenas nos noticiários, mas também nas ficções, na apresenteação de um tipo de modelo de vida que se deve apresentar."

Agora pergunto que tipo de vida temos vivido?

Em tempos de velocidade e fluidez, quero dizer, em tempos de modernidade líquida concordo com Zygmunt Bauman quando nos fala sobre "Vida Líquida"

continua...

Consumo e Liberdade - Quando se é livre?

A mídia interfere em nosso poder de escolha, em nossas ações e aprovações como já mencionado em algum post aqui. Agora pergunta-se até que ponto, realmente, somos livres enquanto consumidores? Se na verdade não importa o objeto mas sim o ato de adquiri-lo, e quanto mais tenho mais me encorajo a ter e me desdobro para isso. Neste caso o discurso da liberdade é arbitrário. Será que de fato uma liberdade reduzida ao poder de consumo me faz um ser livre?Até que ponto este consumo na verdade vai me propiciar um mundo diferente? Será que realmente vivemos em um grande parque temático chamado consumo, onde entramos em espaçonaves ou cápsulas chamadas shoppings para satisfazermos nossas infindáveis necessidades? Ou tudo não passa de espetáculo? Fico com esta última.

Busquem por: Beatriz Sarlo e Naomi Klein

SER E TER

Gostaria de mencionar aqui uma frase que me chamou a atenção enquanto assistia a um programa da TV cultura, o qual falava de modernidade e pós-moderninade, a frase era a seguinte: “A administração da vida, em relação ao consumo, faz com que, nós, seres humanos nos esqueçamos de nossas relações morais. Sendo assim perdemos nossos referenciais.”
Hoje a questão não é mais “ser ou não ser” a questão é SER ou TER, e ao que tudo indica muitos tem preferido “TER”. O universo, conspira para isso, quero dizer, que os espaços públicos, este universo midiático, estão cada vez mais nos sugando para o mundo do TER do consumo propriamente dito. Novidade??? claro que não!

The Corporation

Corporação (The Corporation)Dir: Mark Achbar e Jennifer AbbottRoteiro: Joel Bakan Canadá, 2004.

"Cento e cinquenta anos atrás as corporações eram apenas instituições de pouco valor. Hoje elas exercem uma forte influência no dia a dia de nossas vidas. Assim como o Comunismo, a Igreja e a Monarquia em outras épocas. A corporação tornou-se uma instituição poderoza capaz de influenciar a historia através dos tempos. Neste complexo e divertido documentário é mostrado as repercussões da hegemonia das corporações na sociedade e na vida das pessoas".

Recomendo!

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QUOTE

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" As grandes corporações não fazem produtos, fazem estilos de vida".

" As grandes corporações produzem um significado para a marca, elas transformam a ideia da marca em algo real e que se quer ser vivido".

continuação... - o meio: a "imagem" o instrumento: o olhar

terminamos o post anterior com a seguinte questão: O que faz a mídia para que esse mecanismo de consumo funcione?

Visão é um sentido dominante - o espetáculo tem a ver com o olhar, a mídia trabalha de maneira a transformar nossos olhos em "instrumentos / máquinas de visão" somos cercados de imagens a todo tempo, qualquer coisa se transforma em representação e na maioria das vezes passamos a cotidianizá-las. Sem querer esses elementos tornam-se parte do nosso dia-a-dia, o excesso é demasiado que muitas vezes nem sequer nos damos conta do que estamos "ingerindo". Raramente nos damos conta de quão indigesto alguns elementos se tornam. A inserção destas imagens acarreta em uma série de mudanças comportamentais, isto é, elas estão impregnadas na malha cultural e nas interações sociais contemporâneas, e por esta razão dá-se o consumo. Na verdade consumimos o que elas nos causam, as sensações, o poder, o estilo-de-vida. As pessoas não querem ter personalidade, mas sim estilo. Este estilo é trazido até nós por meio dos nossos "instrumentos de percepção" das coisas, hoje você é o que você veste, você é os lugares que frequenta... A mídia nos passa a idéia de bons consumidores, embora sejamos influenciados inconscientemente, ela cria desejos e nos dá mecanismos para satisfação dos mesmos. Nos seduz com ilusões feitas para nos distrair e manipular nossa aprovação das coisas.

o "meio" - a imagem

O meio traz a mensagem e este mesmo meio contamina...

Todo pensamento é imagético e se dá através de signos. O signo tenta estar no lugar do objeto (apenas tenta estar) pois se estivesse seria o próprio objeto; ele é a mediação entre o objeto e o pensamento. Dentro da semiose (linha Peirciana) podemos dizer que um FENÔMENO é a maneira como o mundo nos é apresentado, é o mundo das aparências - é tudo aquilo que vem à nossa percepção.
Onde se que chegar com esse papo?

ao consumo de imagens...
Enquanto você leu as linhas acima, com certeza milhares de imagens (signos) vieram à sua mente relacionadas ou não ao que está escrito, por exemplo, a palavra FENÔMENO talvez seu pensar tenha remetido isso a RONALDO se não, talvez esteja remetendo agora.

Na verdade o que se quer mostrar aqui é a importância da imagem e o poder atribuído a ela. O processo do nosso pensar se dá de forma fluídica, formamos uma malha signica onde um signo conecta-se a outro. Um exercício ainda melhor seria, olhar para a imagem acima e indagar-se ao que elas rementem, você verá que uma chuva de percetos invadirá sua mente (signos diversos tentarão levá-lo a uma conclusão e tudo será trabalhado em seu pensamento através das imagens). Sendo assim tudo e todos são transformados em imagens.
Quando falamos de cultura da visualidade falamos em consumo de imagens. O que faz a mídia para que esse mecanismo de consumo funcione?

(continua...)

enquanto isso assista ao vídeo do "Clap your hands and say Yeah" e deixe-se levar, tenho certeza que de acordo com o repertório de cada um, muito mais que dois aspiradores de pó será visto.

Clap Your Hands Say Heah - Is This Love?

http://www.youtube.com/watch?v=ttMY3j_1WLk

MÍDIA POTENS

Este blog tem como principal propósito a troca de conhecimento entre todos aqueles interessados em entender um pouco mais sobre o universo midiático que tanto pode encantar mas que se visto um pouco mais de perto aterroriza. Questão de ponto de vista? talvez.

Falaremos aqui de Mídia e Poder.
Qual nosso poder sobre ela e qual o dela sobre nós? quando nos influência e quando somos influenciados?
Dá pra sermos heróis de nós mesmos?
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Termino este post com parte da canção "Meu Ego" de Erasmo Carlos e Roberto Carlos ...
Mas não polua minha cultura
Não venha dividir comigo sua auto-censura
Me desencontre, não me prostitua
Se não seremos mais uma carcaça em desgraça por aí
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Falando em mídia se você quiser ouvir esta música:
Veja o vídeo do "Fantástico" de 1977 com Nara e Erasmo
http://www.youtube.com/watch?v=OZOoFAv94Bk
Será que a mídia faz com que sejamos carcaças em desgraça por aí?
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Meu nome é Camila aluna de pós-graduação do curso de Comunicação da Faculdade Cásper Líbero.

Bem vindos!